Quem poderia imaginar que nesta E3, durante a conferência da Microsoft, a gente teria um dos anúncios mais surpreendentes do evento, e eu não estou falando do Xbox One X.
Como vocês bem sabem, foi confirmado um novo jogo de luta baseado na franquia Dragon Ball, o Dragon Ball FighterZ, e por mais que isso possa parecer algo comum – já que são lançados com uma certa frequência jogos baseados no universo dos Saiyajins – uma mudança grande e inesperada aconteceu: o jogo terá seu desenvolvimento feito pelo pessoal da Arc System Works, o mesmo grupo responsável pela espetacular franquia Guilty Gear.
Eu confesso que fiquei bastante empolgado com a notícia, uma parceria entre as empresas Bandai Namco e Arc System Works tem imenso potencial e tudo para dar certo. Então, vou aproveitar e listar aqui alguns dos principais motivos que me fazem acreditar e confiar na chegada de Dragon Ball FighterZ.
1 – Estamos falando de Dragon Ball
Me diz uma coisa, quando você ouve o nome Dragon Ball, o que vem primeiro à sua cabeça? Das duas uma: se você é fã da franquia, deve sentir uma mistura de emoções tão grande que mal consegue trasmití-la através palavras. Agora, se você não é um fã, certamente, reconhece o peso que este nome tem.
Não é preciso nem dizer que o consagrado trabalho de Akira Toriyama, já com mais de 30 anos de existência, é até hoje um dos produtos mais populares e influentes presentes na indústria do entretenimento mundial. Onde Dragon Ball vai, carrega consigo uma legião de fãs apaixonados, inclusive no mundo dos jogos.
Assim, a possibilidade da marca trazer para a nossa crescente comunidade de jogos de luta inúmeros novos jogadores é mais do que certa. Mesmo que não se envolvam diretamente nos campeonatos, provavelmente, aumentarão consideravelmente os números de consumo, especialmente vendas do jogo, seus derivados e espectadores em transmissões via stream.
2 – Possíveis conteúdos via DLC
Ainda para ilustrar melhor o impacto que esta franquia poderia causar na cena dos jogos de luta competitivos, vou sugerir um provável cenário.
Digamos que DBF adote o sistema de temporadas para seus personagens de DLC, nos mesmos moldes de Street Fighter V, por exemplo. Seis personagens são anunciados para o primeiro ano. Divulgam então uma imagem que mostra apenas suas silhuetas, e, já na primeira, vemos uma sombra de um personagem com um espada nas costas. Sim, você já sabe de quem eu estou falando. Consegue visualizar a loucura que seria quando um anúncio como este fosse feito?
Pense também em quantos cenários marcantes poderiam ser relembrados e disponibilizados através de download. Lutar nos mais variados planetas e lugares, vendo tudo à nossa volta ser afetado de forma interativa durantes os combates. Ou ainda, uma infinidade de roupas alternativas podem ser oferecidas, Gohan de Sayaman, Kuririn de cabelo grande, Goku com vestimentas Yardrat, etc.. com criatividade e boa vontade, não vai faltar material para ser trabalhado.
Lembre-se que vivemos um momento onde o jogo mais popular do cenário competitivo peca assiduamente na entrega de conteúdos. Ou seja, existe aqui um buraco imenso que pode ser facilmente preenchido. E repito, estamos falando de Dragon Ball, personagens queridos e cheios de carisma não vão faltar.
3 – Bandai Namco e Arc System Works trabalhando juntas
Esta sem dúvidas foi a melhor notícia acerca do anúncio de Dragon Ball FighterZ para mim. Por mais que a diversão nos jogos de luta de arena produzidos pela Bandai Namco seja garantida, estes jogos não são competitivos. Logo, deixar na mão de uma empresa competente como a Arc System Works o desenvolvimento de DBF, foi uma escolha muito acertada.
Pelos vídeos, dá para ver que mantiveram a identidade da franquia intacta. Em um gráfico 2.5D espantoso, é a primeira vez que vemos um visual que representa tão perfeitamente o anime.
Tudo isso com a ótima jogabilidade que segue os padrões de Guilty Gear e outros Air Dashes de sucesso.
Se o cuidadoso e admirável trabalho colocado no desenvolvimento da série “Revelator” for levado também para esta nova empreitada, sem dúvidas, teremos um jogo incrível nas nossas mãos.
4 – Combate 3 vs 3
Eu nunca consegui jogar decentemente qualquer edição da série “Versus” da Capcom. Desde o primeiro que experimentei, X-men vs. Street Fighter, venho fracassando cada vez mais na tentativa de aprender a jogá-los. “Marvel 3” então nem se fala, eu literalmente não sei defender naquele jogo.
Mas, independente de qualquer coisa, a ideia de poder controlar um time de três personagens diferentes sempre me atraiu. A busca pela melhor sinergia possível é uma das coisas mais legais neste tipo de jogo, principalmente no período logo após o seu lançamento. Tudo é novidade, testamos times, combinações, combos, e quanto mais variações buscamos, mais viciantes ficam as experimentações. Ninguém conhece o trio de ninguém, as “techs” começam a aparecer, e quando os resultados positivos vão surgindo, é uma sensação imensamente recompensadora saber que foi você quem criou aquela determinada formação.
Quando penso que será possível fazer tudo isso dentro do universo de Dragon Ball, minha vontade de jogar surge quase que instantaneamente. Imagine por exemplo um trio só de androids, 16, 17 e 18, ou, um trio só de humanos, Tenshinhan, Yamcha e Kuririn, enfim, boas variações não vão faltar dentro de um grupo de personagens tão rico e fascinante.
5 – Concorrência de peso
Mesmo com os recentes lançamentos de Injustice 2, Tekken 7 e Guilty Gear Xrd REV 2, eu não conseguia enxergar a popularidade de Street Fighter V sendo afetada. A gente sabe que mesmo diante de tantos problemas e decisões equivocadas, SFV tem conseguido repercutir bem no cenário competitivo. Sua liderança ainda se encontra intocada. Talvez, o próprio Marvel vs. Capcom: Infinite pudesse roubar uma boa parte de seus holofotes, já que é uma franquia tão venerada na comunidade americana.
Mas convenhamos, por mais que os rivais de SFV sejam bons, e como produtos, melhores, nenhum deles supera a ideia de um jogo 2D clássico baseado no universo de Dragon Ball, não é?
Um jogo com esta premissa, feito de forma competente e com um marketing pesado, não só é capaz de bater de frente com Street Fighter V e atrair um público ainda mais diversificado, como também pode ofuscar seu verdadeiro concorrente direto, “Marvel Infinite”. Até porque as primeiras opiniões acerca deste jogo, exceto referente ao seu gameplay, parecem bem desapontadoras.
When is Ma… espera.. When is Dragon Ball?
6 – Lançamento no início de 2018
Não é por acaso a confirmação do lançamento de Dragon Ball FighterZ para o início do ano que vem. O jogo precisa maturar entre os jogadores e, o mais importante, ser adicionado a tempo ao quadro dos principais jogos da EVO.
A Bandai Namco em conjunto com o Arc System Works definitivamente vêm para conquistar um espaço de destaque no meio competitivo dos jogos de luta. Dá pra gente arriscar que, em breve e seguindo a tendência, até um circuito oficial de DBF pode ser anunciado. E isto é bom. A profissionalização de jogadores continuará em expansão, teremos mais torneios de relevância e maior visibilidade por todas as mídias.
Caso a chegada de DBF no cenário competitivo seja de fato um sucesso, outro efeito colateral obtido aqui é forçar uma maior dedicação da concorrência, o que obviamente leva ao crescimento na qualidade de seus produtos. Não vai ter mais espaço para jogos lançados com pressa, com cara de beta, gráficos mal acabados, ou que forneçam serviços falhos ou mal implementados. E quem ganha com tudo isso, em todos os sentidos, somos nós jogadores/consumidores.
E você, gostou deste inesperado anúncio? É fã de Dragon Ball? Já tá no hype? Não deixe de comentar aqui embaixo o que achou e espera de Dragon Ball FighterZ!