Dragon Ball FighterZ: Review (com Zeppeli)

ATENÇÃO: Pessoal, como ainda não pude jogar Dragon Ball FighterZ, convidei o jogador Zeppeli para dar suas impressões aqui no Nóias. Zeppeli além de ser um amigo de longa data é também jogador competitivo e bastante presente na cena paulista. Confiram seu texto e não deixem também de conhecer melhor o seu trabalho lá no Youtube.

Apresentação

Ao iniciar Dragon Ball FighterZ, nos deparamos logo de cara com um espaço aberto onde, além de interagirmos com outros jogadores, também conhecemos os principais modos de jogo.

Controlando um avatar de um personagem da série no simpático estilo chibi, pode-se visitar diversos lugares, uns representam modos de jogo, como o planeta do Senhor Kaioh (modo treino) e a arena do torneio de artes marciais (partidas online), e outros, são meramente cenográficos, como a cidade e a casa do Mestre Kame. Ali, os jogadores mais objetivos podem fazer uso do sistema de teletransporte, pressionando L2/LT, assim, vão direto para o modo de jogo desejado, sem perdas de tempo.

O nostálgico lobby principal é o ponto de encontro da galera. Lá o uso de emoticons e mensagens através dos avatares torna as interações entre os jogadores mais leves e amistosas, o que certamente melhora o aspecto social contido em Dragon Ball FighterZ.

Um das coisas que mais me impressionou é que, com poucos dias desde o lançamento, boa parte das salas de saguão no modo online já estão completamente lotadas, um ótimo sinal da grande popularidade do jogo.

Com o total de 24 personagens, divididos entre a antiga saga Z e a saga atual, Super, além de 13 cenários, o trabalho de arte da Arc System Works é feito com muito cuidado e respeito aos fãs do anime. Tudo é retratado com grande fidelidade e com inúmeras referências às animações. Graficamente o jogo é simplesmente espetacular. Chega a ser impossível falar da jogabilidade sem mencionar os gráficos, pois tudo é feito em uma sinergia absolutamente envolvente.

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Os golpes, poses de luta, falas e interações de cenário são de cair o queixo. É como se finalmente estivéssemos “jogando o anime”. Os Dramatic Finishes, easter eggs de cenas famosas – como a batalha de Trunks e Freeza, Goku e Bills, entre outros – complementam ainda mais a experiência.

Jogabilidade

As mecânicas de combate combinadas dão a sensação de jogar um híbrido de Guilty Gear com Marvel vs Capcom. É fácil notar que houveram três preocupações ao desenvolver a jogabilidade: os fãs de Dragon Ball, jogadores casuais e jogadores competitivos.

Os casuais se sentirão bem recebidos, pois mecânicas como os auto combos e o super dash deixam o jogo divertido, sem a necessidade de se aprofundar muito. Aqui, a ligação entre jogabilidade e visual é arrebatadora, pois o “esfregar de botão”, não tão atraente em outros jogos do gênero, recria o clima das batalhas épicas da série, ao mesmo tempo que não atrapalham em nada a jogabilidade em nível competitivo.

Mecânicas como o Dragon Rush (agarrão) e Deflect (parry) são bons exemplos de como criar um jogo competitivo sem perder a essência e apelo visual da série animada. O sistema de tag, movimentação e combos manuais são um prato cheio para os jogadores mais dedicados se internarem no training mode. Dá pra dizer que Dragon Ball FighterZ é mais um daqueles jogos fáceis de jogar e difíceis de dominar.

Mas todo a energia presente nos combates não seria o que é sem o acompanhamento da ótima trilha sonora. Seguindo o tradicional estilo heavy metal, já conhecido pelos fãs das séries Guilty Gear e Blaz Blue, as músicas refletem bem os cenários e personalidade dos personagens, alternando entre grooves pesados para cenários destruídos, riffs sombrios para os vilões e batidas mais empolgantes para os heróis. O ponto fraco aqui é a ausência da dublagem em português, o que seria um golpe certeiro para nós, fãs brasileiros. Confiram a “somzera”:

Modos de jogo e o Online

Entre os modos de jogo temos a história, arcade, partidas online de ranking, casual e saguão, partidas locais (offline), missões e treino. Todos estes com ganho de Zeni, a moeda do jogo, que é utilizada para compra de Cápsulas Z, as mesmas do anime, onde se guardam as máquinas do tempo do Trunks.

Com o uso das cápsulas, itens cosméticos, como os avatares e cores de personagens, podem ser adquiridos. Um sistema muito parecido com o que vemos nas caixas no Overwatch, ou, no sistema de pescaria de prêmios lá no lobby do Guilty Gear.

O modo história, escrito pelo próprio Akira Toriyama, possui três arcos: o arco dos heróis, dos vilões e dos androides. Cada um relata o ponto de vista de uma parte do cast com diversas cutscenes e interações entre os personagens, algumas hilariantes e inimagináveis, como Gotenks ensinando Nappa a se transformar em Super Saiyajin.

É importante ressaltar que o modo online de DBFZ, pelo menos agora no lançamento, possui alguns pontos negativos. Um deles é o match making que, eventualmente, casa partidas com oponentes distantes e até estrangeiros, o que atrapalha a fluidez das partidas devido ao lag.

No saguão também temos problemas na criação de partidas. Mas aparentemente, parece estar sendo tratado – já que consegui jogar com alguns amigos a partir do terceiro dia. Ainda sim, o netcode é ótimo, como já era de se esperar levando em consideração o histórico dos jogos desenvolvidos pela Arc System Works.

Outra atração do modo online e que merece ser mencionada é o seu modo de times. Nela, a equipe formada por três personagens pode ter cada um deles sendo controlado por um jogador. Pense por um momento nos “contras” engraçados que estas partidas trarão.

Preço x Produto

Um ponto polêmico que gerou muitas discussões em fóruns e grupos por aí é o alto preço cobrado pelo produto, R$ 250,00 – um valor salgado, ainda mais se tratando de Brasil. Porém, isso não é exatamente um problema do jogo, e sim da nossa indústria de produtos eletrônicos que estabeleceu essa base de preço para os jogos de peso multiplataforma.

Nesse sentido, muitas críticas feitas ao preço de Dragon Ball FighterZ são exageradas, ainda mais quando temos exemplos históricos e recentes de concorrentes vendidos pelo mesmo valor sem modo história, sem modo arcade, modo online insatisfatório (até os dias atuais), poucos personagens, problemas com cast duvidoso e sem fan service, gráficos questionáveis, e uma série de outros problemas.

Se tem uma coisa em que Dragon Ball FighterZ não falha é na entrega de um bom produto. Temos conteúdo convincente, altamente polido e planejado para diversos públicos – um jogo obrigatório para fãs de jogos de luta e do anime.

E aí, o que acharam das opiniões do Zeppeli? Não deixem de comentar aqui embaixo! Se ainda não adquiriram este jogaço, deixarei aqui alguns links para vocês:

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